sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Coisas da vida!

Imaginem vocês que hoje, ao resolver postar aqui no blog - e conversando sobre ele com uma amiga - descobri que na verdade o blog da Vidal não era meu. Dá pra acreditar que eu criei o endereço http://blogdavildal com L? - VILDAL. Súper chocada comigo mesma, sempre! E mais puta ainda porque Blog da Vidal já existe e serve pra uma Vidal muito menos Vidal que eu. O jeito foi mudar pra suzannevidal, o que dá na mesma, já que ninguém percebeu o erro, o que significa que ninguém tá entrando! rsrsrs
Criei a tal da enquete perguntando qual seria o assunto do próximo post. Nem sei pra quê. Acrescentando LV tinha que dar ela, né? Ainda que certeza óbvia, não me preparei pra isso. O que devo escrever, meu Deus? Vou acabar criando uma sub enquete: é da pessoa LV, do blog LV, ou das pessoas do blog LV? Quem sabe algo bem ao estilo "Nos Bastidores do Poder"... rs
Mas então, voltando ao que eu queria postar antes disso tudo: as coisas da vida! (acho que daqui pra frente foi considerá-las coisas da viLda... rs). Enfim, ontem e hoje participei do Seminário Internacional de Criminologia, e quem me conhece um pouco sabe que fui radiante! De manhã passando pela Paulista ontem, todos os faróis estavam abertos, o céu estava aberto, o trânsito parecia um balet e juro, juro mesmo, que me cabelo esvoaçava dentro do capacete. Era um dia perfeito de coisas perfeitas, onde eu estava onde deveria estar e pronto! Mas sempre tem a volta...
Na volta subi a Brigadeiro no sentido exclusivo para ônibus sem me dar conta: multa. Virei na Paulista no sentido errado: atraso. A Paulista tava toda parada: calor! E eu juro, juro mesmo, cheguei ao trabalho com meu cabelo parecendo que tinha chegado da sauna.
Coisas da viLda! Ir é bom, voltar depende!!
Deve ser o que chamam de "pra baixo todo santo ajuda"

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Tráfico Humano

"Você não sente, não vê, mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo...". Em Velha roupa colorida, Elis Regina assim cantava sobre o tempo que passa, a renovação de idéias e atitudes, o rejuvenescimento. Mas a frase também cai muito bem para falarmos das mazelas que ficam, das discriminações arraigadas, da subjugação.

Para boa fluidez da discussão, antes de tudo, vale a apresentação da definição de tráfico, conforme o 2º Protocolo de Palermo: "É o recrutamento, transporte e tranferência, abrigo e guarda de pessoas, por meio de ameaças, uso da força ou outras formas de coerção, abdução, fraude, enganação ou abuso de poder ou vulnerabilidade com pagamento ou recebimento de benefícios que facilitem o consentimento de uma pessoa que tenha controle sobre a outra, com propósitos de exploração". Isso inclui, no mínimo, a exploração sexual, trabalho de serviços forçados, escravidão de práticas similares à escravidão, servidão ou remoção de órgãos.

Não se trata apenas de um sequestro não consentido. Trata-se do uso da pobreza, da subjugação feminina, dos sonhos de uma vida de deslumbres, para ludibriar pessoas hipossuficientes, colocando-as em situação de risco, humilhação e subumanidade. Vemos em contos infantis o sonho de Cinderela, que de escrava se torna o amor de seu príncipe encantado. Vemos em filmes Hollywoodianos a prostituta que se torna esposa do ricaço, educado e lindo. Vemos em novelas a pobre realizar o “sonho americano”. Sonho! É através desse sonho tão enraizado no imaginário feminino, em nossa educação – ou adestramento – que a exploração sexual, a escravidão, se faz tão vitoriosa. Sim, porque o consentimento em ser explorada sexualmente existe. Porque existe a fantasia da descoberta do amor na adversidade, da vitória no revés, de um mundo de facilidades, oportunidades e sorte. Aceita-se ser prostituta, sim, como se dali se abrissem portas para um mundo de felicidades e conquistas. Nenhuma imagina a violência, a exploração à escravidão. Ninguém imagina que deixará de ser humano, digno, com visibilidade. Não se projeta que, explorada sexualmente, deixa-se de ser mulher.
Daí as causam da exploração sexual comercial. E fácil entender por que o Brasil é o maior exportador de mulheres e crianças do gênero feminino nas Americas. É uma questão de oferta, procura e oportunidade:

Temos uma miséria latente e escancarada, em níveis endêmicos. No Brasil a má distribuição da riqueza cria uma violência social sem retorno. Uma violência silenciosa, onde a ostentação ridiculariza o sofrimento de quem anda em ônibus lotados, de quem não toma café da manhã como as famílias dos comerciais de margarina, ou de quem sofre em filas de Hospitais Públicos. Uma ostentação que dita o que é bom, o que é belo, o que devemos consumir e desejar. E que nos escancara que não somos gente se não somos consumidores. É essa ostentação de riqueza, de valores de consumo deturpados que cria a fantasia de que é melhor ser “puta e ter dinheiro” do que continuar não sendo gente. Se prostituta é mercadoria, pobres também são. A pobreza desumaniza.

Têm-se oferta, muito mais temos a procura. Europeus homens, norte americanos homens, são homens. Homens que pagam. Homens que querem nosso “produto exótico”. Homens criados para serem homens: entender a mulher como produto de consumo e posse. Possuem as suas esposas e filhas e consomem as filhas de quem não tem voz, vontade, humanidade. A exploração sexual de mulheres e crianças é tão comum aos homens justamente por não serem sua posse, por não serem vistas como humanas ou iguais, por não merecerem dignidade.

A oportunidade! Onde se aprende a ser menos, a desumanizar-se, a desejar o consumo do que não é preciso nem possível comprar, onde sonhos de Cinderela são ensinados, onde prostitutas são heroínas de filme e o “sonho americano” é possível e fácil, é simples convencer uma mulher a aventurar-se no mundo do “glamouroso” da prostituição sexual. Quem vai pensar na escravidão, no sofrimento, no nojo, na dor? Num país que não acredita no tráfico de pessoas, por que não ter sequestros infantis? Num país que não enxerga o sofrimento de seu próximo, por que não explorar, coagir, forçar, ameaçar, convencer, ludibriar? Num país com tantas pessoas desumanizadas à venda, por que não comprar?

Claro que o Brasil é campeão na exportação de mulheres e crianças para exploração sexual. Somos um país que finge que cuida, que vê – e que não vê -, que finge que investiga, que protege, que tem políticas públicas, que ama seu próximo, que é racialmente democrático, que todos são iguais perante a lei, que temos direitos, oportunidades e dignidades. O Brasil é um país de fingimentos. Um país que deliberadamente produz a mercadoria sexual, as condições de consumo, que abre suas portas – ou mesmo suas pernas – em troca de lucros milionários com turismo. O Brasil das mulatas, do carnaval, do miserável, do submisso, do invisível. O Brasil puteiro do mundo. O Brasil onde tudo pode acontecer, inclusive nada!

domingo, 15 de agosto de 2010

Visitando Fátima

Acabo de postar a foto selecionada como de entrada do blog. Como já dito, foram as meninas que decidiram pela criação do blog. Eu, claro, imagino que farei de bom grado.
Quando coloquei a legenda "visitando Fátima" comentei com a mesma: isso é título de conto. Fátima é uma dessas amigas que sempre incentivam. Nesse comentário em questão fiz referência ao que ela sempre me pede: escreve um livro. Sempre respondo que isso é superestima, e é! Aliás, topo fazer o blog por saber que um livro foge às minhas capacidades criativas: não tenho tanto pra dizer.
Voltando a visita à Fátima, ao Rio, às amigas, diria que o Rio me faz bem. Puro pretexto. Não sai do apartamento, então estar no Rio é mera explicação de GPS. Onde estou verdadeiramente é entre amigas. A paciência e generosidade de Fátima, a alegria de Simone, as risadas e empatias de Josiane. Dessa última, fazia muito tempo que não me identificava e sentia bem com alguém como com ela. Das risadas, do humor, do deboche, dos gostares, os não gostares, as implicâncias. Uma surpresa boa que me deixa bem confortável e tranquila.
É, o Rio me faz bem!
Sorrisos para nossas horas!

Fim de semana no Rio

Visitando Fátima

Só pra começar!!

Galerinha do blog, amigos afins, oi
Atendendo a pedidos, como no Rio faço o que não faço em São Paulo, criamos (eu, Fátima, Josi e Simone) esse novo espaço pra que possamos conversar, polemizar e interagir.
Eu entro com a falta de assunto, vcs entram com o papo. O importante é movimentar.
Vejamos o que rola para os próximos dias!
Sorrisos para nossas horas!!