quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Tô fazendo falta - cartão vermelho!

Ah, sim, o amor!! Há quem suspeite que eu não ame, há os que jure que nem gente eu sou... mas sou o que sou, e sou dos amores perdidos, revirados, abandonados, desistidos, acovardados e muito, muito bem vividos.
Lembro do meu primeiro amor. O primeiro amor de verdade, aquele já adulto vivenciado de forma infantil. Sim, pq sempre vivenciamos o primeiro grande amor de forma desastrosa, pra termos uma vergonha pra chamar de nossa e nos acompanhar por toda a vida. Sinto muita coisa do meu primeiro grande amor ainda: frustração, saudades, sorrisos, agradecimentos. Acho que sinto principalmente nostalgia: da genuidade que nunca mais vai existir, do coração que pulsava de verdade e do sorriso que ria sem armas. Sinto até hoje o cheiro de CK One e a respiração até por um segundo pára: ela me deixou, isso não volta, nunca acaba, e não tem escapatória.

O que se segue disso é um mosaico de relacionamentos, amores e destinos. Um amigo faz mosaicos, e sempre brinco os chamando de craqueladinhos! Sou uma craquelada de mim tbém, um mosaico de peças finas, raras e quebradas, marteladamente quebradas. Sou a colcha de retalhos que minha mãe fazia pra mim quando era criança, e que até hoje não acho igual: coisas que se perdem na vida!

Mas a vida seguiu, graças a Deus, e deixou lembranças - puta, que merda! Queria muito saber quem a vida pensa que é pra deixar lembranças. Alguém precisa dizer pra vida recolher acampamento quando segue. Coisa mais farofeira essa de seguir a vida e deixar o campping cheio de marcas, restos. Puta zona! A vida é muito cafona! Claro que me pergunto se a vida é assim também na Europa. Duvido! Aposto que a vida na França sai a Francesa quando segue, discretamente e sem escândalos. Um luxo!!!

Enfim, a porra da lembrança tá aqui, espalhada até hoje, largada por essa vida besta, prontinha pro compartilhamento. A sacanagem em tomar um pé de seu grande primeiro amor em 1999 é que Joanna lançava seu CD de 25 anos de carreira. Nele, tinha o grande sucesso da época - Tô fazendo falta - que quase me fez rasgar os pulsos, me isolar do mundo, toca-la na ida e volta da faculdade, batendo no volante do carro como se não fizesse a menor diferença - e não fazia. Claro que foram meses de tristezas silenciosas, dessas que amarguram a mãe e deixam os irmãos assustados. E eu ouvia a música, vivia a música, chorava a música, reprovava em Direito Penal 2 na música. Ah, 1999, como você demorou pra acabar, seu lindo!
Eu queria muito acreditar que fazia falta - não, eu não fazia, mas queria! E é claro que eu gravei um CD só com essa música e lhe enviei, pq queria que tudo o que doía em mim fizesse materialidade pra ela. É, eu fiz falta, meti logo um carrinho na pequena área, cartão vermelho pelo papel de ridículo. Ainda bem a vida seguiu - quem sabe na próxima ela levanta acampamento sem alarde?


6 comentários:

  1. Linda, sabe q até prefiro q a vida não siga à francesa? Prefiro, sim, que deixe vestígios prá gente se envergonhar....e sempre acontece....mas fica a lembrança boa (ou não) de coisas q aparentemente não vão se repetir, ou pelo menos juramos q não vai acontecer novamente.
    O importante é q com isso a gente vai formando a nossa colcha de retalhos, e com trilha sonora...rsss
    Até nisso nossa sincronicidade tá a mil Vidal, pois foi em 1999 q me separei de quem julgava ser meu grande amor e pasme hj sei q foi uma poeira...nem do perfume lembro mais, memória seletiva a minha q resolveu ficar só com a parte ruim da história.
    Ganhei o dia lendo o blog da Vidal.....ADORO!
    bjs sua querida

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    1. Ai, minha amiga luuuuuuuxo, adoro qdo batemos, sempre me sinto gente!!! rs. Confesso que tenho memória super seletiva, sempre falo e demonstro sobre, mas percebo que as tristezas são mais marcantes que as alegrias... Parece! Bjs nesse coração lindo!

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    2. Ô Suzanne, não liga pro q a Lívia diz... Rsrs, até os brutos amam...
      Concordo com a Jana, embora seja uma PutaZona, é bom que a vida não leve as lembranças embora, ao menos algumas. "Ter saudade até que é bom, é melhor que caminhar vazio". São essas lembranças - doces, nostálgicas, saudosas - que nos fazem querer revivê-las, compartilha-las ou quem sabe descobrir nova felicidade, quiçá maior e melhor (Ps: eu ainda não consegui, mas é o que quero...)
      Ah, hj qndo abri meu fb me deparei com palavras de CFA, que bem descrevem o que penso. Deixo o resto com ele:
      "Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.
      Então eu pego o passado, e transformo em poesia-ou-coisa-assim."
      Bjs.

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    3. é fato, é fato, e é fato, mas não queria!! rs

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  2. Ai irmanita...pq to te odiando agora?Pq c mexe na ferida?porque vc escancara que somos tão iguais,previsiveis?pq não nos deixa acreditar que somos....diferentes...?É...não somos...sentimos igual...por mais que nossa arrogancia ache o contrario,por mais que o tempo cisme em quer provar que mudamos...kkkkkkkkk nada a ordem cronologica nao prova nada....sentimentos são iguais seja em que época for não importa se seja na era vinicius,bethania ,leila,ana carolina ou restart!!!!!!!!!!!!!!!! a dor a duvida o medo...são os mesmos..o que nos resta????????sabermos que por pior ou melhor que seja sempre teremos uma irmanita pra nos cutucar kkkkkkkkkkkkkkkkkk aiiiiiiii lembrei me do dia que vc me disse que sou predadora.........affffff caos..........rssssssssssss não somos todos??????

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    1. kkkkkkkkkkk todas queriam ser predadoras, mas nem todas somos. Eu não sou, fazer o quê? Ensina????
      Do pó viemos, ao pó voltamos, o mesmo pózinho de pirlimpimpim... então...

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